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Resenha: A Melhor Mãe do Mundo

Oiê meus queridos geeks, tudo bem com vocês? Espero que sim. Hoje vamos falar de uma obra admirável que vem sob a direção de Anna Muylaert que nos traz um novo título de forma precisa e real sobre uma personagem na qual se apresenta o título do filme como A Melhor Mãe do Mundo. Um filme nacional que mistura drama, emoção e uma jornada cheia de reviravolta.


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O filme é sobre uma mãe que trabalha como catadora de matérias recicláveis chamada Gal (Shirley Cruz) e que vive com seus dois filhos pequenos Rihanna e Benin( Rihanna Barbosa e Benin Ayo) e o companheiro Leandro (Seu Jorge), que fica abusivo e violento quando bebe. Para proteger seus filhos, Gal decide fugir após ter sido novamente agredida. A fuga é maquiada em uma grande aventura que se inicia em uma trajetória repleta de desafios pelas ruas de São Paulo, mesmo em meio as dificuldades.


CONSIDERAÇÕES


É isso meus queridos geeks. A obra de Anna Muylaert é simplesmente linda, envolvente e comovente quando nós fala sobre a maternidade e a busca por dignidade em meio à toda essa adversidade. E como essa abordagem parece cercar mulheres periférica como catadora de materiais recicláveis pelas ruas de São Paulo. O filme se distancia do melodrama, mostrando a protagonista como uma mulher real, com falhas e forças, que busca proteger seus filhos e reconstruir sua vida.


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A Melhor Mãe do Mundo traz um diálogo delicado mesmo lidando com tantas dificuldades problemáticas. É um longa que se desdobra em ser mais do que um conto sobre violência doméstica. Mas sim, de realidade, sensibilidade e superação. “É sobre força, vitória, dignidade, e recomeçar".


Ou seja, acaba que todo o problema da violência doméstica é uma das partes menos interessantes do filme. Enfim, A Melhor Mãe do Mundo é daqueles tipos de filme que bate forte no coração e faz você repensar a vida. E agora que você já conhece parte da trama corre, cuida para não perder a estreia dessa aventura de A Melhor Mãe do Mundo, em 07 de Agosto nos cinemas.


UMA PEQUENA REFLEXÃO!


"O filme poderia ser refeito na China, na Índia, até em Los Angeles porque a carroça é a barriga. A mãe carrega os filhos até uma certa idade". - Anna Muylaert e Shirley Cruz -

E é Verdade, pensando desta forma, aqui no Brasil, a personagem de Gal não foge a realidade de diferente muitos outros papéis de mulheres que se engajaram na luta em busca de garantir um bem estar para seus filhos. Assim também como não é um papel tão diferente do que foi a minha realidade. Pois houve um período de outrora de minha vida, em que eu e meu filho, já vivemos este papel de catadores também!. Vencemos parte dessa batalha. Superamos através da cumplicidade, parceria e afeto. Mas ainda continuamos nessa luta em busca de espaço, de inclusão social, em busca de sobrevivência, em busca de igualdade neste mundo tão desigual que é a nossa sociedade.


CONSIDERAÇÕES FINAIS


O filme aborda temas importantes como violência doméstica, desigualdade social e a luta pela sobrevivência com sensibilidade e humanidade. 


  • Há uma análise econômica também que representa o caos consumista visto pelo tanto de embalagens industriais e o desperdício de alimentos misturados de qualquer jeito nos sacos de lixos.

  • • Vemos também a insalubridade dos serviços informais e a desolação e o descaso dos bairros centrais em São Paulo.

  • O luxo e a vaidade das mulheres, são visto como não necessários, e não há pudor. Essas, são coisas praticamente desconhecidas.

  • E por fim, vemos também claramente como o alcoolismo afeta a mudança de comportamento para tantos males familiares.

  • Enfim, com tantas aberturas para reflexões sociais, a luta de classes dá a vez para uma guerra interna, quando o único recurso parece ser a trégua em prol da sobrevivência.


EM RELAÇÃO AS PERFORMANCES


Amei a performance de Shirley Cruz, ao interpretar a María das Graças (Gal) que vai nos envolvendo passo a passo nos fazendo cúmplice de sua tamanha resiliência e sempre com sorriso no rosto porque sabe que é impossível desistir. Aliás, ela não se permite, porque é ela que precisa dar sustento para suas duas crianças mesmo com o pouco que recebe diariamente.


Seu Jorge, interpretando o Leandro, em um papel pesado traz um personagem realista em uma relação de abuso. O cara bate, depois se arrepende, traz flores, depois diz que ama, tem o sexo, aí vem a cerveja e recomeça. É um ciclo.


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Rihanna Barbosa e Benin Dailer, foram ótimos na interpretação nos papéis dos filhos Rihanna e Benin. Uma maravilhosa cooperação entre mãe e filhos onde trazem naturalidade e carisma, além cumplicidade e parceria.


Com relação a Anna Muylaert não é a toa que ela tenha se tornado uma das cineastas brasileiras mais bem cotadas na última década. Onde a cada novo título, ela procura trazer temas decisivos, sobretudo quanto à figura feminina na atualidade, por vezes e motivos, sufocantes.


ALGUNAS CURIOSIDADES:


  • A Melhor Mãe do Mundo” fez sua estreia mundial na 75ª edição do Festival de Berlim, fora da competição.

  • Em Recife, o filme teve sua estreia nacional como filme de abertura do 29º Cine PE, festival que ocorreu entre 9 e 15 de junho. 

  • O filme também foi exibido gratuitamente durante o festival, além de ter sido premiado como Melhor Filme pelo júri oficial. 

  • A Melhor Mãe do Mundo" é considerado um dos favoritos para representar o Brasil no Oscar 2026. 


ELENCO - Shirley Cruz, Seu Jorge, Rihanna Barbosa, Benin Dailher e Luedji Luna


Confira o Trailer de A Melhor Mãe do Mundo



 
 
 

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